quarta-feira, 29 de junho de 2011

Gritos e Botas - por Lúcia Paulino


   Segue mais uma importante participação comentada do projeto - Chegou a vez de Lúcia Paulino comentar um pouco sobre os textos que recebeu.

Foram eles :

- Conto - O Trabalhador - de Myllena Karina
- Poema - Sem Título -  Dany Forcioni


   "Espero que minhas pequenas observações, dúvidas ou mesmo a falta de compreensão possa ajudar no processo de criação literária:

1. O criador ou a criadora de “O trabalhador” escrever um texto gostoso de ser lido, situado historicamente, mas simplório. Recomendo ousadia e criatividade.

2. O poema sem título é muito bonito, remeteu-me a um “grito” de dor e desabafo. Parabéns !! "




Sobre Lúcia

Mestre em Ciências da Linguagem pela UNICAP.
Especialista en Metodología de la Enseñanza de la Lengua Española - Universidad de Valladolid - España
Especalista em Cultura Pernambucana - FAFIRE
Relações Públicas - UNICAP

Os participantes agradecem a participação!

domingo, 19 de junho de 2011

Pequenos Trechos


Trecho do conto - Diálogo de Botas :

   Elas estavam lá, no mesmo lugar. Um pouco mais sujas, desde a última vez que as percebi. Os olhos delas cada vez mais fatigados. Suas bocas largas já não serviam para nenhum pé. Sua cor desbotada retratava uma angústia.

Gustavo Henrique

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O Grito de Fernanda do Vale!


    Chegou a vez de Fernanda dividir seu grito e revelar como foi participar do projeto!

Como foi escrever textos tendo como ponto de partida 2 quadros famosos?

  Bom, eu escrevo pouco, mas tudo que escrevo é sempre baseado nas minhas emoções, nos meus momentos, por isso no início foi difil conceber a idéia de escrever algo com base numa coisa que não era minha... Mas aos poucos foi fluindo... No final acabei gostando! Foi uma experiência otima, tanto o fato de escrever, quanto o de ouvir os outros contos e poemas que sairam todos de uma mesma base e tomaram perspecivas tão diferentes. 

Escrever o conto ou o poema?

   Sem dúvida nenhuma, o conto! - Nunca tinha escrito uma poesia antes, e também nunca fui de ler muitas poesias. Me sinto mais a vontade na prosa, tenho mais liberdade, flui mais fácil... Esse conto, em especial foi importante pra mim, já que foi feito com a lembrança um familiar muito querido meu... É curto, mas pra mim tem muita profundidade, significa muito.


Que autores costuma ler?

   Sou muito curiosa, leio pela história e não pelo autor... Gosto de historias envolventes daquela que prendem agente e fazem ter vontadee de engolir o livro inteiro só pra saber o final... Sou muito ecletica quanto a isso...

Possui Blog ou outra ferramenta de divulgação de textos?

Tenho um blog que anda meio abandonado o coitado... A correria diária corta um pouco a inspiração... mas como o proprio nome diz ele está "Em eterna constrção..."

Clique AQUI para conferir o blog!

   Acho que estéticamente o poema ficou melhor que o conto. Porém Sem dúvidas o conto me causou mais impacto no final. Se é pra escolher fico com o conto!

Semana quem vem teremos o grito de Arthur Mota!

domingo, 12 de junho de 2011

Um grito de Amor!


Sete gritos de amor e desamor nesse Dia dos Namorados para vocês.

Selecionamos algumas  passagens do amor pela literatura ...

para Edson Avlis...‏

O amor entre Baltazar e Blimunda em "Memorial do Convento" de Saramago.


para Fernanda do Vale...

Gosto da visão do amor de Baudelaire. Por isso, o livro escolhido: 

As flores do mal - Charles Baudelaire.


Para  Edimar Gonçalves...

  "- (...) Quanto vivemos de bom, de belo e positivo ali, um para o outro, olhando-nos, acarinhando-nos, e nem um turbilhão de palavras teria competência e qualificação para tanto revelar. Desculpas e desculpas silenciosas. Nenhuma palavra e tudo dito, compreendido e assimilado. Talvez eu nem consiga descrever precisamente toda aquela emoção.Foi uma luta contra a individualidade e o orgulho individuais. Toquei-lhe as mãos levemente, e senti-as trêmulas. (...) Meu sonho era ali a representação toda de carência afetiva, do desespero emocional, da falta de carinho, de compreensão. Não era eu - conforme julgara - que estava carecendo de apoio. Pensei em parar, mas prossegui, embora a sentisse distante, arredia. E outra vez toquei-lhe o rosto, e afaguei-lhe os cabelos... e me olhou com um jeito tão meigo-desesperado, que senti um nó na garganta. (...)"   

                                                     FERREIRA, Betânia. Desejo Cigano. Recife: Comunicarte, 1995. 



Para Dany Vieira...

Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!

Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

de Florbela Espanca 


Para José Jaime...

Os Dragões não conhecem o paraíso - Caio Fernando Abreu


    Se o leitor quiser, este pode ser um livro de contos. Um livro com 13 histórias independentes, girando sempre em torno de um mesmo tema: amor. Amor e sexo, amor e morte, amor e abandono, amor e alegria, amor e memória, amor e medo, amor e loucura. Mas, se o leitor quiser, este pode ser uma espécie de romance-móbile. Um romance desmontável, onde essas 13 peças talvez possam completar-se, esclarecer-se, ampliar-se ou remeter-se de muitas maneiras umas às outras, para formarem uma espécie de todo. Aparentemente fragmentado, mas, de algum modo ― suponho ―, completo.


Para Dany Forcioni...

   "Os amantes e os loucos tem cérebros ardentes,fantasias visionárias que percebem o que a fria razão jamais compreenderá.O louco,o amante e o poeta são todos feitos de imaginação[...]O olhar do poeta,no seu belo delírio,vai alternadamente do céu à terra e da terra ao céu;cria formas de coisas desconhecidas,a pena do poeta as metamorfoseia dando ao inexistente quimérico uma morada um nome" Teseu

Sonho de uma noite de verão - Shakespeare 


Para Raphael Alves...

   Entre tantas opções - selecionei - Convivendo com Amor de Simone de Beauvoir - porque ela fala sobre Amor e Liberdade  como complemento e não como obstáculo. A relação entre Simone e Sartre é um exemplo de amor verdadeiro. Para Sartre o amor não era possessão - amor significava amar a outra pessoa como um ser livre. Quando Beauvoir levantou a espinhosa questão do ciúme, Sartre disse que, se contassem tudo um ao outro, um nunca se sentiria excluído da vida do outro. Não deveriam ter segredos. Em casos amorosos, dúvidas, inseguranças e obsessões, deveriam ter como objetivo a abertura total. Ele chamava isso de “transparência" - Trecho da biografia escrita por Hazel Rowley.


Convivendo com Amor

    "Dois seres que se amam profundamente não precisam de outras justificativas para amar a vida. Bastam-se, não precisam de nada nem de ninguém. O amor autêntico, que pode ser preservado apesar da passagem dos anos, dá à vida todo o sentido, toda a sua razão de ser. Não é a única forma de dar razão à existência (o compromisso social, o sentimento de fazer progredir o mundo em que vivemos, a amizade, etc., também podem construir este sentido), mas pode ser a mais bela razão de viver que existe. O que me entristece é que o casal permaneça unido pelo hábito, pela pressão social... Logo que dois seres se sentem ligados não tanto por se amarem, o que era libertação e plenitude transforma-se em angústia e prisão. Sartre e eu nunca vivemos juntos e sempre considerámos ser livres de correntes que nos prendessem um ao outro. Se permanecemos unidos toda a vida, foi porque nos amámos profundamente e porque, livremente, sempre tivemos vontade de estar um com o outro. E isso é a coisa mais bela que pode acontecer a um ser humano. O amor dá força e coragem para enfrentar o mundo e a vida, a dois e não a um só. É muito!" 

Simone de Beauvoir


sábado, 11 de junho de 2011

Pequenos Trechos


Trecho do conto - O Trabalhador - de Myllena Karina.

   "John tinha muito cuidado e afeto com as suas botas, pois as ganhara do seu pai, quando era pequeno. Seu pai foi um homem muito bom a ele, pois o ensinou muitas coisas da vida."

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O Grito de Jucelino Maciel !


    Jucelino divide um pouco da sua experiência dentro do projeto e faz algumas revelações a respeitoda sua relação com a leitura.

Sobre o processo de criação...

       Cara, a pior coisa que eu já havia feito, afinal escrever amarrado é meio complicado, mas no final acabou sendo divertido, foi  muito boa a experiência, quero mais.

Poema Vs. Conto

     O conto, me identifico mais com o gênero, gosto de ler crônicas, e isso ajudou-me neste momento.



Escritor preferido?

    Eu não tenho preferênica por autor, mas um que marcou minha adolescencia foi o Sergio Porto (Stanislau Ponte Preta - acho que é assim que se escreve) o cara foi um ótimo cronista, recomendo também o Saramago, e no campo do qual detenho um maior domínio de leitura, o religioso, recomendo o Max Lucado.

Seu texto preferido

    O conto, nele está um pouco da minha vida, quando o escrevi viajei no tempo, foi muito bom. Gosto de lembrar do que foi bom em minha vida, e quem não tem um sapato querido, hein?

  O poema de Jucelino se chama Presente um passado e o conto se chama Os sapatos em minha vida - e você já conferiu um trecho dele AQUI.


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Pequenos Trechos


   Um trecho do conto - sem título - escrito por Edson Silva- que retrata um novo olhar para um simples par de botas!

  " Contudo, eu grito, talvez meus urros sejam escutados no futuro, como ecos partidos mas que estrondarão o silêncio do amordaçamento, enquanto você me pisa covardemente, eu grito e gritaria sempre..."