quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Grito de Dany Forcioni!


Depois das etapas que já ocorreram, qual texto considera melhor - seu conto ou poema?

    Continuo gostando mais do meu poema,mas por razões mil,tenho um carinho especial pelo meu conto.Foi como um parto,um misto de dor e prazer!!

Qual a maior dificuldade que encontrou na construção dos textos?

     O tempo de produção,em especial do conto,o tema foi o de menos,a pressão é que me transtornou.Não funciono bem sobre pressão.



Até que ponto seu poema está relacionado com o quadro?

    Ele é todo o quadro...Um grito desesperado !!!

Qual a melhor etapa - criação? Análise ou finalização do projeto?

    Criação,no caso do poema.E, finalização,se tratando do conto.

Indica um escritor (a) pra galera!
  
    Ah! Florbela Espanca e Graciliano Ramos

Ainda hoje teremos outro Grito! 

sábado, 5 de novembro de 2011

Lançamento!

  

Nosso lançamento ocorrerá durante a 3ª Semana de Letras da UFRPE.

No dia 07/11 - Salão Nobre 
A partir das 18h 30min

    Recital de Lançamento com os atores : Lu Forcioni e Luciano Simões

Contamos com a sua presença!


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O Grito de Aldeir Gomes!


Depois das etapas que já ocorreram, qual texto considera melhor - seu conto ou poema?

O conto, foi o que menos deu trabalho e o que eu mais gosto de reler.

 Qual a maior dificuldade que encontrou na construção dos textos?

Minha maior dificuldade foi na elaboração do poema. Além de ter ficado sem ideias, também não tinha a menor noção sobre a estética do poema: rima, métrica etc. Fiquei perdido! Quanto ao conto, a ideia veio (assustadoramente) de forma espontânea.

 Até que ponto seu poema está relacionado com o quadro?

O quadro me remete a um certo mistério. Foi isso o que eu quis retratar no poema: algo que, mesmo podendo ver, eu não sei o que é ou do que se trata, um grito que, para mim, é impreciso. Foi essa imprecisão que eu tentei levar ao  texto.



Entre os textos lidos, qual seu conto e poema preferidos? 

Gosto do poema de Jaime. Dos contos, os meus preferidos são o de Carol e o de Dany Vieira

Qual a melhor etapa - criação? Análise ou finalização do projeto?

Com certeza a criação. Foi um momento de explosão criativa. Me surpreendi comigo mesmo e adorei ter colocado "a mão na massa".

Uma obra?

Indicarei uma obra de  Simone de Beauvoir, "Memórias de uma moça bem-comportada", que eu adorei ter lido.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O Grito de José Jaime!


O grito de José Jaime pra vocês!

Depois das etapas que já ocorreram, qual texto considera melhor - seu conto ou poema?

    Sem dúvidas, meu conto! Gostei muito dele, consegui transmitir tudo que queria com ele, tudo que sinto, e até com o tão comentado final em aberto, ficou da maneira que eu pensei, não da primeira idéia, mas isso é outra história..

Qual a maior dificuldade que encontrou na construção dos textos?

    A inspiração, pois é muito artificial você visualizar um quadro famoso e tê-lo como ponto de partida, no começo achei meio limitador, mas depois desencanei e deixei a imaginação correr solta, os quadros só ficaram como algo longínquo, apesar que no meu poema o quadro de Münch se faz mais presente (eu acho).


 Até que ponto seu poema está relacionado com o quadro?

    Acho que o título remete ao quadro, Medo. Pois aquele grito é assustador, acho um grito de uma pessoa extremamente angustiada. Há muita dor naquela expressão.

Entre os textos lidos, qual seu conto e poema preferidos? 

    O conto (sem título) de Claudia Costa é maravilhoso, amo. E o poema (sem título) de Carolina Cavalcanti é uma das coisas mais bonitas que já li. Belíssimos!!!

Qual a melhor etapa - criação? Análise ou finalização do projeto?

     A criação sem duvidas! Para se ter uma idéia, pensei em fazer meu conto algo como o final do filme de Gus Van Sant “Garotos de Programa” (My Own Private Idaho),  ...

                             

...onde os sapatos da personagem de River Phoenix são roubados após num ataque de catalepsia, mas mudei totalmente, quis fazer algo parecido com o conto de Caio Fernando Abreu “Além do Ponto” ... 

                 

... um conto que transmitisse agonia em quem ler, e aproveitei para fazer uma pequena homenagem a Nelson Rodrigues, quase que uma citação a peça “Dorotéia”. Aí deu no que deu.

Indica um escritor (a) pra galera!
Indico a minha obsessão pessoal: qualquer coisa de Caio Fernando Abreu!

Que seja doce!

domingo, 18 de setembro de 2011

O Grito de Ísis Delmiro!


Como foi escrever textos tendo como ponto de partida 2 quadros famosos?

    De cara achei muito limitador. Falo isso porque escrever pra mim tem muito de sentir, deixar fluir... de conseguir traduzir experiências que só nossa alma passa... E, num primeiro momento, escrever sobre quadros parece estranho. Mas aí, respirei fundo e consegui enxergar além nos quadros. Aceitei o desafio.

O que foi mais prazeroso? Escrever o conto ou o poema?

    Apesar de seguir a linha de que produzir literatura, seja em qualquer uma de suas várias/possíveis facetas, tem seu prazer, fico com o poema. Amo poemas, principalmente os de cunho romântico, neo-romântico e afins, por mais piegas que pra alguns isso seja nos tempos de hoje. Quem leu meu conto nota logo que tende pro poético. Pra mim conseguir traduzir sentimentos em versos e rimas é mágico...  algo de transformar o feio em belo e o belo em mais belo, pra si mesmo. Alguns autores, como Florbela Espanca (uma das poetisas que amo), não canso de ler, reler alguns poemas, e ainda assim chorar "sentindo" a tradução de algumas  linhas.


Possui Blog ou outra ferramenta de divulgação de textos?

    Tenho um Blog público onde coloco algumas palavras minhas, textos de outros, passagens que gosto, apesar de não atualizar frequentemente. É o http://levezasdeumavioleta.blogspot.com/
Defina seu poema em 1 palavra! É possível?

    Caramba... Não creio que seja possível. Mas gosto da idéia do "sentir". Que os leitores possam "sentir" o que tem por lá.

 Até agora qual seu poema preferido entre os que leu? 

   São muitos e de vários autores... Difícil escolher apenas um! Se puder ficar com um autor, fico com Florbela, que me faz companhia a um bom tempo.

Na próxima semana o Grito de José Jaime!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Pequenos Trechos



Trecho do Conto - Dois Saltos Para a Liberdade

       A escola surgiu quadros à frente, tempo suficiente para retirar as botas pesadas, arremessá-las pela janela e pacientemente calçar seu novo par de sapatos vermelhos com salto alto fino. Tic Toc ...

Raphael Alves

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O Grito de Myllena Karina!


Depois das etapas que já ocorreram, qual texto considera melhor - seu conto ou poema?
O meu poema.

Qual a maior dificuldade que encontrou na construção dos textos?
Foi de fazer um texto que estivesse dentro do perfil e das expectativas do leitor.


Até que ponto seu poema está relacionado com o quadro?
Na minha opinião ele está todo relacionado com o quadro, pois o poema inteiro foi a interpretação que tiver da tela.

Entre os textos lidos, qual seu conto preferido? 
O de Carolina Cavalcanti e o de José Jaime.

Qual a melhor etapa - criação? análise ou finalização do projeto?
A criação sem dúvida.

Indica um escritor (a) pra galera!
Osman Lins.

Em breve mais um grito!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Muito Prazer, Copi!


    O Banquete recebe hoje - dia 27 de Julho -  Renata Pimentel, professora de Letras da UFRPE, para uma conversa descontraída sobre a vida e obra do ficcionista, dramaturgo, ator e cartunista argentino Raúl Botana, mais conhecido como Copi. Renata é autora do livro “Copi: transgressão e escrita transformista”, que estará à venda durante o bate-papo.

    A atividade começa a partir das dezenove horas no Bar e Restaurante Banquete e a entrada é franca. Não deixe passar a oportunidade de conhecer Copi e sua obra!

Fonte : AQUI

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Pequenos Trechos


   " Respirou profundamente mais uma vez e por não sentir o doce cheiro da lembrança, e sim o amargo da dor foi convencida de que a eterna recordação não seria possível. Levantou-se decidida para guardar novamente as botas no fundo do armário, ..."

Nádhia Valença

domingo, 3 de julho de 2011

A Viagem Final!

Nádhia Valença entrega os textos para o Professor Fábio Andrade.

Foram mais de 2 meses de análise e opiniões!

    Finalmente As botas e os Gritos seguiram com o professor Fábio Andrade para uma avaliação final! - A próxima etapa é acompanhar o processo de arte e partir para a produção do material!

Em breve vamos divulgar um resumão com as alterações que os textos sofreram.

Uma semana de gritos para todo mundo!

Professor Fábio Andrade e Edson Avlis 

     Essa Semana tem Perfil de Ísis Delmiro, Trecho de mais um conto e um especial sofre a  Literatura e o Inverno!

sábado, 2 de julho de 2011

O grito de Arthur Mota!


      Arthur Mota grita e revela as dificuldades e o prazer que a escrita dos textos proporcionou e ainda fala qual seu texto preferido entre os lidos!

Sobre  escrever textos tendo como ponto de partida 2 quadros famosos....

      Foi uma experiência muito interessante, provocativa, refletir sobre obra de arte plástica, imagética, e de alguma forma tentar transferir essas reflexões/impressões para uma linguagem verbal, num trabalho de intersemiose.

Conto ou o poema? 

   Não sei, acho que os dois tiveram suas parcelas de prazer e agonia... A poesia foi feita em menos tempo, mas não posso dizer que foi mais fácil, nem mais prazeroso ou doloroso por isso. Penso que o ato criativo tem isso, a presença desses sentimentos/forças de certa forma antagônicas, o prazer e a dor. Aliás, não apenas ele, essas forças estão em tudo.  O que posso falar é do resultado final. Acho que o conto me agrada mais, me dá mais "prazer" que o poema. 

Blog ou alguma ferramenta de escrita?

  Tive vários blogs, mas agora estou concentrando minhas atenções no http://palavrasdesfocadas.blogspot.com, que como digo no blog, é um espaço pessoal para reflexões, divagações, música, poesia, ufanismo, filosofias e tudo o mais que me der na telha. Sem maiores pretensões.


Defina seu poema em 1 palavra! É possível?

Uma palavra é lasca... Acho que uma boa palavra que resume meu poema é "Cinza".

Até agora qual seu poema preferido entre os que leu?

Difícil dizer assim, mas lembro que gostei muito do poema de Cláudia Costa.

Uma música pra gente!

      Indicar apenas uma música é complicado. Vou sugerir "Tempo Sem Tempo" do José Miguel Wisnik. A música é linda, a letra é muito interessante também. Está no álbum "Pérola aos Poucos" de 2003. 


O próximo grito será de Ísis Delmiro!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Gritos e Botas - por Lúcia Paulino


   Segue mais uma importante participação comentada do projeto - Chegou a vez de Lúcia Paulino comentar um pouco sobre os textos que recebeu.

Foram eles :

- Conto - O Trabalhador - de Myllena Karina
- Poema - Sem Título -  Dany Forcioni


   "Espero que minhas pequenas observações, dúvidas ou mesmo a falta de compreensão possa ajudar no processo de criação literária:

1. O criador ou a criadora de “O trabalhador” escrever um texto gostoso de ser lido, situado historicamente, mas simplório. Recomendo ousadia e criatividade.

2. O poema sem título é muito bonito, remeteu-me a um “grito” de dor e desabafo. Parabéns !! "




Sobre Lúcia

Mestre em Ciências da Linguagem pela UNICAP.
Especialista en Metodología de la Enseñanza de la Lengua Española - Universidad de Valladolid - España
Especalista em Cultura Pernambucana - FAFIRE
Relações Públicas - UNICAP

Os participantes agradecem a participação!

domingo, 19 de junho de 2011

Pequenos Trechos


Trecho do conto - Diálogo de Botas :

   Elas estavam lá, no mesmo lugar. Um pouco mais sujas, desde a última vez que as percebi. Os olhos delas cada vez mais fatigados. Suas bocas largas já não serviam para nenhum pé. Sua cor desbotada retratava uma angústia.

Gustavo Henrique

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O Grito de Fernanda do Vale!


    Chegou a vez de Fernanda dividir seu grito e revelar como foi participar do projeto!

Como foi escrever textos tendo como ponto de partida 2 quadros famosos?

  Bom, eu escrevo pouco, mas tudo que escrevo é sempre baseado nas minhas emoções, nos meus momentos, por isso no início foi difil conceber a idéia de escrever algo com base numa coisa que não era minha... Mas aos poucos foi fluindo... No final acabei gostando! Foi uma experiência otima, tanto o fato de escrever, quanto o de ouvir os outros contos e poemas que sairam todos de uma mesma base e tomaram perspecivas tão diferentes. 

Escrever o conto ou o poema?

   Sem dúvida nenhuma, o conto! - Nunca tinha escrito uma poesia antes, e também nunca fui de ler muitas poesias. Me sinto mais a vontade na prosa, tenho mais liberdade, flui mais fácil... Esse conto, em especial foi importante pra mim, já que foi feito com a lembrança um familiar muito querido meu... É curto, mas pra mim tem muita profundidade, significa muito.


Que autores costuma ler?

   Sou muito curiosa, leio pela história e não pelo autor... Gosto de historias envolventes daquela que prendem agente e fazem ter vontadee de engolir o livro inteiro só pra saber o final... Sou muito ecletica quanto a isso...

Possui Blog ou outra ferramenta de divulgação de textos?

Tenho um blog que anda meio abandonado o coitado... A correria diária corta um pouco a inspiração... mas como o proprio nome diz ele está "Em eterna constrção..."

Clique AQUI para conferir o blog!

   Acho que estéticamente o poema ficou melhor que o conto. Porém Sem dúvidas o conto me causou mais impacto no final. Se é pra escolher fico com o conto!

Semana quem vem teremos o grito de Arthur Mota!

domingo, 12 de junho de 2011

Um grito de Amor!


Sete gritos de amor e desamor nesse Dia dos Namorados para vocês.

Selecionamos algumas  passagens do amor pela literatura ...

para Edson Avlis...‏

O amor entre Baltazar e Blimunda em "Memorial do Convento" de Saramago.


para Fernanda do Vale...

Gosto da visão do amor de Baudelaire. Por isso, o livro escolhido: 

As flores do mal - Charles Baudelaire.


Para  Edimar Gonçalves...

  "- (...) Quanto vivemos de bom, de belo e positivo ali, um para o outro, olhando-nos, acarinhando-nos, e nem um turbilhão de palavras teria competência e qualificação para tanto revelar. Desculpas e desculpas silenciosas. Nenhuma palavra e tudo dito, compreendido e assimilado. Talvez eu nem consiga descrever precisamente toda aquela emoção.Foi uma luta contra a individualidade e o orgulho individuais. Toquei-lhe as mãos levemente, e senti-as trêmulas. (...) Meu sonho era ali a representação toda de carência afetiva, do desespero emocional, da falta de carinho, de compreensão. Não era eu - conforme julgara - que estava carecendo de apoio. Pensei em parar, mas prossegui, embora a sentisse distante, arredia. E outra vez toquei-lhe o rosto, e afaguei-lhe os cabelos... e me olhou com um jeito tão meigo-desesperado, que senti um nó na garganta. (...)"   

                                                     FERREIRA, Betânia. Desejo Cigano. Recife: Comunicarte, 1995. 



Para Dany Vieira...

Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!

Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

de Florbela Espanca 


Para José Jaime...

Os Dragões não conhecem o paraíso - Caio Fernando Abreu


    Se o leitor quiser, este pode ser um livro de contos. Um livro com 13 histórias independentes, girando sempre em torno de um mesmo tema: amor. Amor e sexo, amor e morte, amor e abandono, amor e alegria, amor e memória, amor e medo, amor e loucura. Mas, se o leitor quiser, este pode ser uma espécie de romance-móbile. Um romance desmontável, onde essas 13 peças talvez possam completar-se, esclarecer-se, ampliar-se ou remeter-se de muitas maneiras umas às outras, para formarem uma espécie de todo. Aparentemente fragmentado, mas, de algum modo ― suponho ―, completo.


Para Dany Forcioni...

   "Os amantes e os loucos tem cérebros ardentes,fantasias visionárias que percebem o que a fria razão jamais compreenderá.O louco,o amante e o poeta são todos feitos de imaginação[...]O olhar do poeta,no seu belo delírio,vai alternadamente do céu à terra e da terra ao céu;cria formas de coisas desconhecidas,a pena do poeta as metamorfoseia dando ao inexistente quimérico uma morada um nome" Teseu

Sonho de uma noite de verão - Shakespeare 


Para Raphael Alves...

   Entre tantas opções - selecionei - Convivendo com Amor de Simone de Beauvoir - porque ela fala sobre Amor e Liberdade  como complemento e não como obstáculo. A relação entre Simone e Sartre é um exemplo de amor verdadeiro. Para Sartre o amor não era possessão - amor significava amar a outra pessoa como um ser livre. Quando Beauvoir levantou a espinhosa questão do ciúme, Sartre disse que, se contassem tudo um ao outro, um nunca se sentiria excluído da vida do outro. Não deveriam ter segredos. Em casos amorosos, dúvidas, inseguranças e obsessões, deveriam ter como objetivo a abertura total. Ele chamava isso de “transparência" - Trecho da biografia escrita por Hazel Rowley.


Convivendo com Amor

    "Dois seres que se amam profundamente não precisam de outras justificativas para amar a vida. Bastam-se, não precisam de nada nem de ninguém. O amor autêntico, que pode ser preservado apesar da passagem dos anos, dá à vida todo o sentido, toda a sua razão de ser. Não é a única forma de dar razão à existência (o compromisso social, o sentimento de fazer progredir o mundo em que vivemos, a amizade, etc., também podem construir este sentido), mas pode ser a mais bela razão de viver que existe. O que me entristece é que o casal permaneça unido pelo hábito, pela pressão social... Logo que dois seres se sentem ligados não tanto por se amarem, o que era libertação e plenitude transforma-se em angústia e prisão. Sartre e eu nunca vivemos juntos e sempre considerámos ser livres de correntes que nos prendessem um ao outro. Se permanecemos unidos toda a vida, foi porque nos amámos profundamente e porque, livremente, sempre tivemos vontade de estar um com o outro. E isso é a coisa mais bela que pode acontecer a um ser humano. O amor dá força e coragem para enfrentar o mundo e a vida, a dois e não a um só. É muito!" 

Simone de Beauvoir


sábado, 11 de junho de 2011

Pequenos Trechos


Trecho do conto - O Trabalhador - de Myllena Karina.

   "John tinha muito cuidado e afeto com as suas botas, pois as ganhara do seu pai, quando era pequeno. Seu pai foi um homem muito bom a ele, pois o ensinou muitas coisas da vida."

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O Grito de Jucelino Maciel !


    Jucelino divide um pouco da sua experiência dentro do projeto e faz algumas revelações a respeitoda sua relação com a leitura.

Sobre o processo de criação...

       Cara, a pior coisa que eu já havia feito, afinal escrever amarrado é meio complicado, mas no final acabou sendo divertido, foi  muito boa a experiência, quero mais.

Poema Vs. Conto

     O conto, me identifico mais com o gênero, gosto de ler crônicas, e isso ajudou-me neste momento.



Escritor preferido?

    Eu não tenho preferênica por autor, mas um que marcou minha adolescencia foi o Sergio Porto (Stanislau Ponte Preta - acho que é assim que se escreve) o cara foi um ótimo cronista, recomendo também o Saramago, e no campo do qual detenho um maior domínio de leitura, o religioso, recomendo o Max Lucado.

Seu texto preferido

    O conto, nele está um pouco da minha vida, quando o escrevi viajei no tempo, foi muito bom. Gosto de lembrar do que foi bom em minha vida, e quem não tem um sapato querido, hein?

  O poema de Jucelino se chama Presente um passado e o conto se chama Os sapatos em minha vida - e você já conferiu um trecho dele AQUI.


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Pequenos Trechos


   Um trecho do conto - sem título - escrito por Edson Silva- que retrata um novo olhar para um simples par de botas!

  " Contudo, eu grito, talvez meus urros sejam escutados no futuro, como ecos partidos mas que estrondarão o silêncio do amordaçamento, enquanto você me pisa covardemente, eu grito e gritaria sempre..."

sábado, 28 de maio de 2011

Gritos e Botas - por Maurício Carvalho


    Aqui estão mais dois importantes comentários sobre os textos que fazem parte do projeto. A pequena avaliação foi feita por Maurício Carvalho, que é formado em Comunicação Social e funcionário do TJPE. Os textos lidos por ele foram :

Conto : Sem título - Cláudia Costa.
Poema: Sem título - Rafael Eduardo.

   Me surpreendi positivamente com os dois textos que recebi. É interessante esse projeto que vcs estão participando e uma ótima iniciativa de poder receber a opinião de pessoas " de fora" do ambiente acadêmico (até porque somos nós, os " de fora" que no fim das contas iremos consumir essa produção literária).

    Bom, sobre o conto inspirado no O Par de Botas, de Van Gogh (senti falta de um título pra ele) achei a narrativa interessante, direta e puramente visual. O primeiro parágrafo já nos transporta para o universo que será dito nas linhas seguintes, uma atmosfera tristemente nostálgica e melancólica. 

   Gostei do texto porque ele não deixa espaços vazios  e a narrativa é bastante descritiva - tanto fisicamente, ao descrever o ambiente e emocionalmente, pois também descreve o estado do narrador da história, nos dando um panorama visual claro sobre o que quer ser contado. É daí que vejo a narrativa puramente visual.

    Acho que poderia haver menos repetição de "agora pai morreu" , entendi que o autor quis reforçar essa questão de ruptura do antes e depois, mas acredito que o próprio texto poderia dizer isso sem recorrer à repetição. Trabalhar melhor essa forma de marcar algo importante na história sem precisar desse reforço, acredito eu, é uma sugestão. Nem sempre precisamos dizer o que já está subentendido e pode ser mais interessante mostrar isso de formas diferentes.

    Gostei bastante de como  o conto evolui, com densidade e de forma curta - como deve ser o formato desse tipo de narrativa. E se o autor seguiu a regra do fina enigmático que os contos tem, ele caprichou, pois eu fiquei com a pulga atrás da orelha com a última frase do texto. Por que diabos ele estava descalço e o que isso significaria?

Parabéns.


    Sobre a poesia (também sem título) , sendo bem objetivo: o poema é lindo. E falar de poesia, pra mim, é saber se ela me tocou ou não - essa me tocou. 
    A frase final amarra direitinho o que foi dito ao longo do texto, e faz a gente ler, reler, ler novamente. Esse prazer de ler um belo poema, em si, já diz tudo sobre ele.

Parabéns.

   Um beijo a todos os envolvidos, achei muito legal poder participar. Aos autores dos textos, desejo sucesso!

Maurício.

domingo, 22 de maio de 2011

Pequenos Trechos



  Um próximo trecho pertence ao conto chamado - Sapatos - de Paula Macena! 

     "Agora lá estavam eles, no canto de seu quarto, rotos e quase totalmente gastos. Ainda não havia entendido o que isso significava. Nem sabia se queria entender, simplesmente não se sentia disposto nem corajoso o suficiente para julgar o fato."

Na semana que vem - mais trechos!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O grito de Edimar Gonçalves !


    Quem vai falar um pouco sobre o processo de escrita e análise dos textos essa semana é Edimar Gonçalves. Ele dividiu um pouco das suas impressões e falou sobre suas preferências literárias. 

Os textos escritos por ele se chamam - Corrosão inaudível (Poema) e Botas velhas, velhas botas (Conto). 

O projeto... 

   Bom, logo de cara, eu achei muita ousadia de um professor querer que, além de eu estudar tudo aquilo, os elementos, as perspectivas narrativas, os constituintes do poema, produzisse forçadamente algum texto relacionado à imagem dada, mas logo isso passou: entrei com tudo e gostei, mesmo tendo uma predileção, dos dois textos que compus. São duas obras diferentes, mas que gritaram nos meus textos univocamente. A experiência foi muito enriquecedora enquanto autor, todavia mais surpreendente como leitor de alguns dos textos anteriormente lidos, em sala, pelos próprios autores e colegas de projeto.

O que foi mais prazeroso? Escrever o conto ou o poema?

Sem titubear, escrever o poema.

    Apesar de ter sido uma produção forçada em todos os sentidos, o resultado me agradou muito, porque o momento de “desespero” fez com que alguma ideia fluísse, fosse posta no papel e, logo depois, aprimorada.

    Notei que, embora tenha uma facilidade grande para escrever em prosa, o poemas destes dois foi o que mais me agradou, se bem que é evidente a influência das linhas corridas nele.

   O conto foi feito naquele “por fazer”, na obrigação de desenhar e ordenar pelas características típicas do gênero narrativo, porém acabou ganhando identidade aos poucos.

Sobre a leitura..

    Sou um leitor curioso, leio tudo que me chamar o mínimo de atenção que seja, mas confesso a minha preferência por textos que transpareçam uma crueza sentimental... um jogo de palavras tradutoras dos sentimentos humanos me ganha facilmente. Quanto a nomes, fica difícil, mas os que leio frequentemente são Lispector, Jabor, Caio Fernando - apesar de nunca ter lido uma obra completa, só contos soltos -, Rubem Alves.

Foram o que prevaleceram na memória neste momento.



Possui Blog ou outra ferramenta de divulgação de textos?

     Sim, mas não o atualizei este ano ainda, se eu não me engano. Acho que sou mais um admirador e espectador de blogs (dos outros). Tenho muitas idéias e, se pudesse pôr tudo em prática, seria, de fato, uma máquina. Falta tempo na minha rotina, hoje, principalmente pra compartilhar esta fruição, mas vale a pena ler os textos, músicas e idéias penduradas no meu cabide:


Um personagem literário preferido?

   Quando eu tiver uma única e imutável preferência, será um sinal de que estou frustrado quanto às leituras que ando fazendo.Esta fica sem resposta. Ponto.

Sig@ Edimar - AQUI

sábado, 14 de maio de 2011

Pequenos Trechos


   O trecho dessa semana foi retirado do conto - Natureza Viva (ou noturno) - escrito por José Jaime. Como sugestão ele indica no início do texto - que a leitura seja feita ao som de Angelo Badalamenti.

    Sinto cada vez mais a presença de algo ou alguém a me espreitar, a me seguir, mas não sei o motivo. Ouço novamente barulhos, serão os gatos novamente? Não! Passos! Ouço passos, não estou louco, existe alguém ali na escuridão, posso sentir, me segue.

  Aqui fica disponível um vídeo e uma música do Angelo para download!


Download AQUI

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Gritos e Botas - por Gerusa Leal


    Segue mais uma importante colaboração com nosso projeto. Dessa vez um conto e um poema foram analisados e comentados pela escritora Gerusa Leal. 

Conto - Um novo ideal para um par de sapatos, de Rafael Eduardo.
Poema- ( Sem título ), de Danielly Vieira - Que você conheceu AQUI

Sobre Gerusa...

     Gerusa Leal nasceu em Recife, Pernambuco, mora em Olinda e é autora de contos e poemas publicados nas coletâneas Contos de Oficina, organizadas pelo escritor Raimundo Carrero, Pimenta rosa, O fim da velhice, O talento com as palavras, Panorâmica do conto em Pernambuco, Anais da FLIPORTO, Haikais poemínimos senryus, Recife Conta o São João (pela Fundação de Cultura Cidade do Recife) e em alguns blogues literários. Conquistou premiação nos concursos Luís Jardim, com o conto "Por um triz"; Prefeitura de Cordeiro – RJ, com "Anacy"; Maximiano Campos, com "Os brincos prateados"; Fliporto com o poema "Momento", e o prêmio Edmir Domingues de Poesia 2007 da Academia Pernambucana de Letras, com o livro de poemas Versilêncios.

Sobre o Conto...
Trecho
"Lembrava-se do que antes achava serem seus dias de glória, quando transitava por doces ruas, inalando o talco dos pés perfumados... quando contemplava um futuro de bota de rei. Contemplação efêmera."

   Li o conto e quero parabenizar o autor pela criatividade e originalidade do texto. Evidentemente, escrever é, acima de tudo, reescrever. Claro que meu comentário se reveste de todas as minhas preferências pessoais, portanto sem nenhuma conotação de certo ou errado, em que pese ter lido ainda ontem, em entrevista de José Castello ao Diário de Pernambuco, que "A literatura não é o campo do acerto, mas do erro. A questão, em literatura, não é acertar, mas errar bem. O que é o erro? É a maneira com que nos desviamos da regra, da norma, do "certo". É uma espécie de dissonância, com que afirmamos nossa singularidade diante do real. A questão, portanto, é encontrar a sua maneira pessoal de "errar", que é sempre única e imprevisível. Perseguir sua voz interior, fundar os preceitos de sua própria escrita, encontrar a própria voz." pois "Um escritor só se forma na mais absoluta solidão."

     Portanto, permitam-me comentar o texto a partir de minha maneira pessoal de "errar". Que se aproveite o que tiver proveito, e se descarte o que não fizer sentido, afinal, o autor é o dono do texto.

      Como é solicitado que se diga o que não funciona, sugestões, eliminações, dicas, achei melhor copiar o texto em Word, pois lá a ferramenta de inserção de comentários me auxilia a organizá-los. 

 A análise completa do texto foi entregue ao autor - Rafael Eduardo, e estará disponível na integra, no livro de análise que será organizado em breve.

Sobre o poema...
Trecho
É música no bico desse artista
Que geme e grasna e grita um pesadelo
De visões desgraçadas que eu mereço

   Gostei muito do poema. Forma e conteúdo se amalgamam, o ritmo, a métrica, as rimas internas. No entanto, como a opção for pela forma fixa, me arranhou um pouco o ouvido a segunda estrofe. De repente, do segundo verso em diante as tônicas e a métrica claudicam, as rimas parecem forçadas. Acho que é uma estrofe que merecia ser retrabalhada. Reafirmando que gostei bastante do poema.


Um grande abraço e obrigada pela oportunidade do exercício da análise e da crítica.

Nosso grupo agradece o apoio e a disponibilidade.
Aguardamos a escritora no lançamento em novembro!


Para viajar nas palavras de Gerusa  - Clique AQUI

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Lembrete!


    Na próxima terça-feira (10/05), às 18h, na sala de seminários do Cegoe (dentro da programação do Colóquio de História e Arte) haverá um lançamento especial do meu livro "Copi: transgressão e escrita transformista" (pela Ed. Confraria do vento). Convido a todos para marcarem presença e me ouvirem falar um pouco sobre esse autor contemporâneo tão instigante, transgressor e desconhecido, mas fundamental!
Abraços, beijos...

Professora Renata Pimentel.

sábado, 7 de maio de 2011

Pequenos Trechos


O trecho dessa semana é de um conto ainda ou definitivamente sem nome - escrito por Cláudia Costa.

    "Seu pai, o pai de seu pai e tantos outros antes, vivendo daquela maneira de sol a sol, levantando cedo, era um gole de café na goela, enxada nos ombros e botinas nos pés."


terça-feira, 3 de maio de 2011

Gritos e Botas - por Leonardo Damasceno

      
 Leonardo Gomes foi um dos convidados para contribuir com nossos ecos e passos. 

  Ele recebeu o conto chamado Sapatos Gastos de Taciana Maria -  de  e o poema chamado Medo de Arthur Mota

Quem é Leonardo?
   Me chamo Leonardo Gomes Damasceno, sou carioca, mas resido desde os dois anos de idade na cidade de Camaragibe em Pernambuco. Atualmente estou trabalhando na Contax e estudando na Faculdade Mauricio de Nassau, cursando Publicidade e Propaganda. Como hobby eu fotografo, leio bastante, jogo vídeo game, escuto música no ultimo volume e sou viciado em tecnologia. 

Sobre o conto...

     Gostei bastante do conto e o mais interessante é que minutos antes de ler esse conto eu estava escutando uma musica "Sapato Velho" do grupo Roupa Nova que fala um pouco sobre lembranças, onde eles comparam a vida com um sapato velho. Acredito que não só eu mas todos que lerem esse conto vão se identificar e lembrar um pouco do passado. Não vejo esse conto como um exemplo de apego as coisas materiais, mas sim como um ponto de reflexão de um passado repleto de momentos fantásticos. A unica coisa que mudaria no texto está na primeira linha, logo no inicio:


"Era apenas um par de sapatos."
"Era um simples par de sapatos"

  Quando eu li o texto pela segunda vez achei a palavra apenas uma palavra que pesou um pouco quando se refere a  um sapato que tem um valor sentimental grandioso como esse.

Sopre o poema...

  Quem nunca teve medo? Ele está ligado à preservação da vida e se manifesta diante de situações de ameaça. O medo no poema chega com ansiedade, o individuo teme antecipadamente o encontro com o próprio medo. Com o destrinchar do poema percebi que ele é tratado com muito cuidado, como se fosse alguém que você está zelando e que com o passar das situações você vai conhecendo e se acostumando. 

Gostei bastante do poema, não mudaria nada. Só acho que o público mais "antigo" (Rígido)  pode estranhar a estrofe que diz assim:

Levei-o à cama desarrumada
Apresentei-o meus lençóis
Gozei na cara do medo
Curti com o medo

    Pra mim ta maravilhoso... acredito que vocês sabem do que eu tô falando - minha mãe lendo isso iria falar: O QUE É ISSO??????? 

    Os autores dos textos estarão recebendo ainda essa semana essa avaliação em mãos e toda equipe agradece imensamente  as palavras e o carinho do nosso convidado número 1 - Leonardo Damasceno!

sábado, 30 de abril de 2011

O grito de Edson Ávlis!


        O segundo grito do nosso projeto é do aluno Edson Ávlis!

Sobre o processo de escrita dos textos

     Foi interessante no sentido de que as obras pictórias tinham uma simbologia muito forte, representavam sensações fortes, a literatura, nessa produção, foi uma transcrição do não-silêncio que essas obras representam.

Poemas ou contos?

     Não dá para medir, a criação literária é interessante em todos os sentidos, o modo (poesia, drama, prosa) tanto faz!



Meus escritores preferidos

   Gosto muito de Kafka, Rosa, Pessoa, Lispector, Dostoiévski, Saramago...

Um poema preferido

   Não dá para dizer assim "meu poema predileto é X" há períodos...por ora anda bem João Cabral de Melo Neto.


Para acompanhar gritos e palavras de Edson - entre no seu blog - Clique AQUI

O próximo grito sai na próxima semana - Edimar Gonçalves se preparando!